Natureza de beleza
de crueza
que mata a fome
que mata a mata
Natureza que sublima
que ensina que é sina
mãe da vida mãe da morte.
A sabiá que não conseguia ainda voar
Caiu de seu ninho de passarinho
Seu corpo sua penugem
Cobertos agora pelo vento pela chuva
Oferecia o espetáculo do voo derrubado
Do corpo aviltado
Era o fim inevitável fim
a morte inevitável morte
Rainha reinando sob o sol e a sombra
ao lado de homens
de pássaros
De homens pássaros
De minhocas e de mães
De flores e de cães