terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cenas ardentes ... Eu vi

Não fosse em Curitiba e o sol estaria a pino porque eram horas de dia pleno.

É um tempo em que o frio é intenso. Ando às pressas, completamente absorta em meus pensamentos,quando uma cena me resgata.

Um homem apoiava o corpo bêbado na parede enquanto uma mulher grudava as suas partes pudendas. Ele tinha além do corpo os ares também bêbedos e nem sei se percebia o gesto proibido ou mesmo se sentia os efeitos que seriam naturais daquela "pegada".

Por que o gesto causava constrangimento?

Se o local tocado fosse o braço não causaria embaraço, mas no saco????

Afff!!! Um estardalhaço.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Devaneio bem no meio...


O taxista me briga o político me beija

explicações, senões, dúvidas...estas da secretária magra de crinas longas de longas crinas

vermelho e gigante e expresso o ônibus agride o boneco que é verde e eu atravesso sigo sem medo por que acredito...

nunca sei se é lua tardia ou sol sob neblina

não aprendi geografia astronomia filosofia



Assisto ao rito, homens guardando homens,enfileirados ensimesmados

Ah! Eu só fui atrás de assinaturas... compra de um jato, só um avião.

alguém suicidou-se há muito tempo e eu sabia mas não sabia que o que eu sentia não era só sentido era um risco a virar fato.

Na placa no trânsito no devaneio meus olhos lêem Santa Gertrudes ...SP

O secretário bonito bem vestido bem perfumado me pede desculpas me beija e assina assina assina rubrica rubrica vias vias e vias

Tenho sido mais feliz na cadeira do dentista

De pernas e escrita tortas navego remo arrasto

Lavo o dorso das mãos com lágrimas

deixo um rastro de riso por onde passo

sem deus sem chance vidente temente descrente

nem na TV que assisto tenho visto tanta dor tanto cinza

A mulher da faxina me ensina

existe um caminho sob o caracol

Minha tristeza tem colo quente

E nele eu choro sem razão

mais uma vez o vermelhão

o boneco antes verde cintila vermelho

me levaram tom jobim