terça-feira, 14 de setembro de 2010

À sombra das moças em flor - Marcel Proust

... enquanto eu lhe expunha algo, conservava uma imobilidade fisionômica tão absoluta como se a gente estivesse falando diante de um busto antigo - e surdo - em uma gliptoteca.
Talvez por hábito profissional, talvez em virtude da tranquilidade que adquire todo homem importante a quem se pede conselho e que, sabendo que terá em mãos a direção da conversa, deixa o interlocutor se agitar, se esforçar, sofrer à vontade, talvez também para fazer valer os aspectos de sua cabeça (segundo ele grega, apesar das grandes suíças) ...

Um comentário:

  1. Que forma magnânima de descrever um situação tão prosaica. Por isso, entre todo o resto que significa, ele é Marcel Proust.

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